sábado, 24 de setembro de 2011

Nem tudo que parece é o que acontece

Era um pontinho,
Virou um borrão!


Tudo aquilo que eu guardava com carinho,
Na caixinha com tampa lacrada,
Precisou ser mexido e lavado
Para no tempo não voltar a se perder.


Era um sopro,
Virou um vendaval!


Eu fico aqui me remoendo,
Tentando colocar tudo no lugar,
E voltar a caminhar despreocupada
Com o que posso lá na frente encontrar.


Era apenas um sonho,
E eu tive que acordar!


Agora de nada adianta
Fechar os olhos para não ver
O que está bem colocado
Na frente do meu nariz.


Era um elo perdido,
E eu quis encontrar!


A corrente estava fechada,
Não tinha como este elo colocar,
Tive que tentar encontrar
O lugar para ele se acomodar.


Era apenas uma pequena curiosidade,
Virou um livro a se escrever!


Enquanto tudo isso ocorre
Neste emaranhado de desencontros,
Minha cabeça explode
Num turbilhão de emoções...


Era para ser... virou...
Não tem mais como voltar...


Lilia Maria


Este poema foi a primeira postagem do blog Folhas Soltas em 26/05/2009.
A princípio o nome era "E agora?", mas em fevereiro deste ano acabei mudando por uma série de motivos que agora não importam.
Eu já disse uma vez que às vezes escrevo coisas que na hora me parecem fora do lugar, mas muito depois elas acabam fazendo sentido. Este é o caso. Se eu tivesse escrito hoje, a inspiração seria perfeitamente explicável.

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