domingo, 19 de outubro de 2014

Tudo novo de novo

 Guardamos e perdemos momentos ao longo da vida,
Mas ambos não voltarão.
Olhares, sorrisos, palavras ditas ou caladas,
Gestos de discórdia ou aprovação,
Nada será refeito ou revivido,
Pois em outro tempo tudo novo,
E o novo sempre é primeira edição.


Lilia Maria

Ciberecardo

Meu coração está dividido,
Mas mesmo assim, contente.
Uma parte ainda está aqui,
E a outra no outro continente.
Como sou entusiasta da cibernética,
E sei que hoje não há distância ou fronteira,
Fica tudo bem equacionado,
Regado com saudade ligeira
Que passa a cada recado
Recebido de alguma cibermaneira.


Lilia Maria

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Loop

 Se não chove,
Não tem água.
Se não tem água,
Não tem evaporação.
Sem evaporação
Não forma nuvem.
E sem nuvem,
Não chove.
Sem chuva,
Sem água.
Simples assim.

Lilia Maria

Professorar

Existe o verbo professorar?
Se não existe,
Acabo de inventar.
E assim vou dizer
Que com muita alegria,
Eu professorei um dia.


Lilia Maria

Aprendendo a ser professor

Aprendi a aprender.
Enquanto aprendia,
Aprendi a ensinar.
Ensinava aprendendo
O quanto se pode ganhar
 Na troca dos papéis
De mestre e aprendiz.
Quando a situação exigir.
E assim se fez o professor.

 Lilia Maria

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sou professora sim senhor!

Um dia alguém me ensinou a ler,
Escrever foi inevitável,
Aprendi a contar, somar,
Subtrair e multiplicar.
Quantos professores eu tive!
Incríveis, temidos,
Amados amigos,
Mas todos,
Absolutamente todos,
Me legaram algo de bom.

E foi tão bom o legado,
Que um dia me peguei
Brincando de ensinar.
E a brincadeira ficou séria!
Enveredei pela vida do magistério,
Pensando que poderia explicar
Alguma coisa a alguém.

Tem gente que nasce professor,
Outros aprendem com o tempo,
Mas quem segue por este caminho,
Bem ou mal,
Acaba cumprindo a missão.
E que missão!

Aos meus professores, obrigada!
Pela sua infinita paciência
De me ensinar mais uma vez,
Pela sua insistência
Quando eu quis desistir,
Pela sua fé em mim
Quando nem eu acreditava,
Pela sua compreensão
Quando não cumpri minhas tarefas.
E me desculpem
Por não ter dado o melhor que podia.

Lilia Maria



 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Recriança

Volto a ser criança
Quando me levanto do último tombo
Zombando do meu joelho ralado....

 Volto a ser criança
Quando brinco de olho no olho
E termino a contenda num abraço.

Volto a ser criança
Quando vejo o sol nascendo claro,
Mas iluminando o prenuncio da chuva.

Volto a ser criança
Quando me encho de esperança
E reinvento o sorriso.

Lilia Maria

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Falando de rádio - Gran finale


No dia 24 pp , o grupo da Estação Memória teve seu tão esperado encontro com os alunos da Termomecânica (CEFSA). Em pauta neste ano, as memórias do rádio. 
Ao final, como acontece todos os anos, e como bem disse a nossa coordenadora, Profa. Ivete Pieruccini, ousamos interpretar um pot-pourri de canções que marcaram época. Foram poucas, apenas quatro, mas o resultado foi muito bom.

Antes de iniciar a apresentação, a nossa colega Berenice Bizarro, leu o texto por ela produzido com revisão da colega Elzira Arantes. Além de algumas informação sobre o radio no Brasil, o texto falava das músicas que seriam interpretadas. 




Segue o texto na integra:


O rádio teve muitos pais, até  UM BRASILEIRO: o gaú Padre Roberto Landell, que fez em São Paulo, em 1893, uma transmissão da voz humana via telégrafo – da Avenida Paulista até Santana. Contudo, foi o italiano Marconi quem registrou a patente sobre o rádio, em1896, ficando mundialmente conhecido como seu inventor.
O rádio no Brasil teve sua época de ouro entre 1930 e 1940, como único meio de oferecer informação e entretenimento – com notícias, divulgação de músicas, transmissões de futebol, programas humorísticos e muito mais. Entre as músicas nacionais e estrangeiras, sobressaíam as marchinhas de carnaval, cujo sucesso resultava em prêmios para seus autores e cantores. "Linda Morena" foi composta por Lamartine Babo, em 1932. No ano seguinte Braguinha, outro grande compositor deu a divertida resposta com a marchinha "Linda Lourinha". Eles brincavam com uma suposta e simpática rivalidade entre loiras e morenas. Até se dizia: "os homens preferem as loiras, mas se casam com as morenas!". Ambos compuseram muitas outras marchinhas de carnaval e juntos criaram “As cantoras do rádio”, em 1936, que se transformou em verdadeiro hino das cantoras cujo trabalho era divulgado principalmente pelo rádio. 

Lamartine, bem humorado e brincalhão, trabalhou no rádio e é autor de muitas marchinhas, tendo feito também os hinos de vários clubes de futebol, como Botafogo, América-RJ, Vasco, Flamengo e Fluminense. Braguinha, conhecido também como João de Barro, adotou esses pseudônimos para não usar o nome da família, que seu pai não queria ver associado ao ambiente da música popular, muito mal visto na época. Entre suas muitas produções, a marchinha “Chiquita bacana”, de 1949, foi imortalizada pela sensacional Carmen Miranda.

Teorema de Pitágoras

Eram dois simples catetos azuis
Olhando a hipotenusa amarela.
Ela era bela,
Brilhante como um raio de sol.
E se sentia rainha
No triângulo que a continha.
De repente um se desdobra 
Forma um quadrado perfeito.
E diz ao outro com precisão:
Forme o seu quadrado também
Que juntos seremos igual a ela.
Assim, soma dos quadrados dos catetos
Ficou igual ao quadrado da hipotenusa
Sem nenhuma contestação.

Lilia Maria