segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Para uma amiga

Uma mulher tão bonita,
Tão doce e ao mesmo tempo, decidida,
Tem que ser muito querida,
Pela alegria que espalha,
Pelo sorriso que espelha
Uma alma de real grandeza.

Lilia Maria


Aí eu cometi uma gafe danada com minha amiga Marilena Gonçalves. Qual o remédio? Pedis desculpas e dedicar a ela um poemeto singelo que reflita a grande mulher que é.

domingo, 29 de novembro de 2015

Vale a pena?

De tanto olhar o poço,
A poça seca virou lama.
Que drama!
Não tem água que chegue
Para molhar este chão
E limpar a sujeira fina
Que se varre com vassoura de crina.
E vai e volta,
E suja e limpa,
É tempo que passa,
É tristeza que passa,
É lágrima que escorre,
E no canto da boca, morre.


Lilia Maria

Novo de novo

Não vou ao encontro
Do velho namorado,
Pois quero outros ares,
Novas ideias,
Novas histórias,
De preferência, um namorado novo.
Calejado pela vida,
Tem que entender o meu momento,
E ficar um pouco calado,
Quando meu semblante se torna tenso.
Homem raro,
Não precisa ser novo em meu caminho,
Mas tem que estar disposto
A iniciar uma nova jornada.


Lilia Maria

sábado, 28 de novembro de 2015

Lirio

E a flor desabrochou...
Solitária,
Linda,
Na frescor da manhã
Tem missão definida:
Enfeitar minha vida.


Lilia Maria

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Simplesmente azul

Azul céu,
Azul mar,
Azul dos olhos tristes
Que vivia a me encantar.

 A chuva enegreceu o céu,
Poluição mudou a cor do mar,
Mas nada há de mudar
No azul daquele olhar.

Lilia Maria

Então é Natal...

Então é Natal!
A casa vai se transformando.
A guirlanda na porta,
A árvore decorada,
Luzes na varanda,
Vermelho e verde em profusão.
Enfeita-se de alegria,
De amor,
De generosidade,
A casa,
A rua,
O coração.


Lilia Maria

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Para meu sogro

Era um homem sério,
Quase sisudo,
Quase introspectivo,
Não fosse o sorriso
Que às vezes enfeitava seu rosto.
Seus sonhos não revelava,
Mas eles estiveram presentes,
Em cada momento,
Em cada gesto contido,
Em cada palavra proferida.
Era uma incógnita.
Quando se foi, deixou saudade,
Deixou  em mim a vontade
Da sua memória perpetuar
.

Lilia Maria

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Dia de preguiça

 Nublado e chuvoso,
Eis um dia gostoso
Para na cama ficar,
E dormir,
E sonhar,
E vagabundear.
Mas é hora de acordar.
Respira fundo,
Bota a preguiça de lado,
Lava o sono no chuveiro,
E vamos trabalhar,
Pois a vida não pode esperar
O quentinho do travesseiro esfriar.


Lilia Maria

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Barbarismos

Sobra sombra
Para assustar,
Sobra ódio.
Raiva,
Medo,
Em pessoas que só queriam amar.
Nada poderia sobrar,
A conta é justa
Quando o justo se expõe
Diante do mundo perplexo.
Mas quem julga o que é justo?
Onde começa esta história de horror?
Intolerância,
Radicalismo,
Estes sim deveriam ser banidos
Na totalidade do universo.


Lilia Maria

domingo, 15 de novembro de 2015

Para meu pai

 E nos altos da Freguesia do Ó,
De lembrança em lembrança,
Já não me sinto tão só.
Tenho histórias, reminiscências,
Coisas e causos contados
Por este senhor de olhos claros,
Ralos e brancos cabelos
E pele vincada pelo tempo.
A sua benção meu pai!
Vou guardar suas memórias
Como quem guarda um tesouro,
E um dia, quem sabe, compartilhar
Com quem puder valorizar.
Vou lembrar sempre deste dia
Quando sentir a alma vazia
E a saudade vier me visitar.


Lilia Maria

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Despedida

 A despedida começa
Assim que resolvemos nascer.
Despedirmo-nos do ventre materno,
Do aconchego tranquilo
Que só o colo da mãe nos dá.
Ao longo da vida,
Entre tantas descobertas e conquistas,
Vamos nos despedindo
De cada ano passado,
De amigos que ficam no caminho,
De amores vividos ou não,
De sonhos que a realidade nos rouba.
Depois de tantas despedidas,
Chega enfim o dia
Que a vida se despede de nós.
Se bem vivemos, vamos em paz.


Lilia Maria


Para Mariano Gifone, um amigo muito especial que partiu...