sábado, 22 de dezembro de 2018

É tempo de Natal

Chega o Natal e tudo vira festa.
É amigo que não acaba mais,
É alegria que não acaba mais,
É comida que não acaba mais.
Não acaba mais até chegar ao fim...
Fim de que?
Do Natal, é claro.
Aí tudo volta ao normal.
Alguns amigos deixam de ser amigos,
A alegria míngua na alma,
E a comida...
Bem... esta continua igual,
Pois tem por mim amor incondicional.


Lilia Maria.


Desejo a todos os meus amigos reais e virtuais, conhecidos, gente que aqui me lê, um grandioso Natal, e que as alegrias, os amigos e até mesmo a comida, possam ser multiplicadas. Bjus a todos

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Vou contigo

De vez em quando eu acho algumas pérolas escritas há muito tempo. As vezes eu gosto, outras vezes não... As vezes lembro com carinho da situação que me fez escrever, outras vezes com uma certa mágoa...

Ensina-me a caminhar,
Mostre-me o lugar a alcançar,
Incentiva-me a chegar,
E eu irei.

Não importa quanto tempo leve,
Não importa as pedras do caminho,
Preciso apenas que me diga
Que me esperas no final.

Lilia Maria
06/05/2003

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Quero dormir...

Incertezas me tiram o sono,
Creio que as certezas também.
Quer dizer...
Faz tempo que não durmo.
Como viver assim?
Viva a melatonina de todo dia!
Viva a cama macia que me acolhe!
Viva o sonhar acordada!
Viva os devaneios!
Viva!!!
Mas o que eu quero,
Com muita fé e vontade,
É dormir uma noite em paz.

Lilia Maria

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Aprendendo a economizar

E aqui estou eu, tentando escrever um texto sobre como funcionavam as compras naquela vendinha da esquina, cujo dono marcava tudo que uma determinada família consumia, numa caderneta. No final do mês, o pai ou a mãe iam lá pagar.
Não tenho como falar sobre isso porque em casa não funcionava assim. Meu pai nunca gostou de “ficar devendo”. Se tinha dinheiro, comprava, se não tinha, não comprava. Para as coisas necessárias, pão, carne, leite, compras na feira ou no mercado, havia sempre o dinheiro na mão.
Lembro-me que em casa havia um cofre em um canto no quarto dos meus pais. O dinheiro do mês ficava lá guardado. Minha mãe tinha uma bolsinha onde colocava algum valor para as despesas do dia a dia. Quando precisava de mais ia lá, abria o tal cofre e pegava o suficiente para o que iria pagar ou comprar.
Eu também tinha o meu cofrinho. Acho que naquela época, toda criança tinha. O meu era quase uma miniatura do cofre dos meus pais. Tinha uma portinhola fechada com uma pequena chave que ficava guardada. Onde? No cofre grande. Tinha uma abertura para colocar moedas e outra para inserir notas
bem enroladinhas. Meu cofrinho era “alimentado” pelas meus avós e tios. De vez em quando abríamos e tirávamos algum dinheiro para comprar alguma coisa pequena como um doce ou um pequeno brinquedo.
Quando eu estava maiorzinha, minha avó Lilia resolveu nos presentear com dinheiro na época do Natal e do aniversário. Claro que o dinheiro ia direto para o cofre. Não o meu, claro, mas o cofre grande. Quando o dinheiro atingia uma certa quantia, normalmente meu pai investia.
E assim, fui aprendendo que, para ter o que eu queria, precisava planejar e fazer economia.

Lilia Maria

Texto escrito durante o encontro semanal da Estação Memória

Transição

E o inverno vai virando primavera.
Uma transição lenta e feliz,
Deixa o dia mais claro,
As cores se harmonizam,
Ganham brilho,
O dia se enche de alegria.
Com sol ou debaixo de chuva,
Tem mais vida chegando.
É como se a felicidade
Estivesse presa no casulo,
E finalmente as asas
Estão prontas para voar.
Espera um pouco,
Um pouquinho só,
E verás tudo se transformar.

Lilia Maria

sábado, 18 de agosto de 2018

Insone

Que me inspire a ser amada
Na mesma solitária madrugada
Que faço versos para dormir,
Como se fosse a velha canção
Por minha mãe cantada
A me embalar,
A me acalmar,
A me redimir.
Ai sono que não brota!
Que não vem me acompanhar
Na escalada da noite fria,
Que nem o grosso cobertor me aquece,
Pois o frio vem da alma
Que não consegue descansar em paz.


Lilia Maria

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Piuiiiii

Piuiiiii! Maria Fumaça,
Que graça!
Carrega histórias passadas,
De gente que aqui veio,
Para prosperar
E fazer prosperar.


Lilia Maria

Mais uma vrz, passeando de Maria Fumaça, Muito bom!!!

domingo, 5 de agosto de 2018

Vamos indo

Quando a cachola se vai,
E as pernas ainda funcionam,
Tudo bem, sai andando sem rumo,
E neste vai e vem, quem sabe,
Os neurônios se encaixam,
E voltam a ter seu papel.
E quando as pernas bambeiarem
E a cabeça a falhar?
Senta e espera a vida acabar?
Nada disso, senhor!
Use braços, boca e nariz,
E tudo mais que possível for,
Para viver na paz e amor.


Lilia Maria

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Sem inspiração

Estou tentando escrever uma poesia,
Palavras com um certo nexo,
Talvez apenas o reflexo
Do frio desta triste manhã.
Pode ter ou não rima,
Dentro da melodia que afina
Os acordes do coração.
E, se não for pedir muito,
Que seja de pé aplaudida
Pelos amigos de plantão.


Lilia Maria

terça-feira, 5 de junho de 2018

Vivo a morrer

Mesmo sendo distante a morte certa,
Morro de pouco em pouco a cada dia,
Morro de tristeza ou então de alegria,
Morro quando a velha saudade aperta.

E se não fosse estar morrendo tanto,
Que graça teria esta minha vida?
A morte é sempre muito atrevida,
Quando me faz morrer de amor e encanto.

Todo dia morro porque estou viva.
Bom morrer chorando de tanto rir,
Rir de mim mesma por ser tão emotiva,
Rir de tudo aquilo eu ouso sentir.

Quem de alguma coisa nunca morreu,
Só passou pela vida, não viveu.


Lilia Maria

Este soneto foi composto e apresentado como avaliação final do curso Poesia para Engenheiros na Escola Politécnica da USP.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Poetizando XXVIII

Deus no céu,
Deus na terra,
Deus no inferno?


Na dúvida
Fico por aqui
Onde Deus pai e criador
Ainda cuida de mim.


Lilia Maria

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Poetizando XXVII

A casa vazia de vozes,
Anda cheia de saudades...
Foi-se o tempo,
Foi-se juventude,
Mas restou sabedoria
Para ouvir coração.


Lilia Maria

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O número sete

Sete é um número mágico...
Estava pronta para poetizar...
Fui fazer uma pesquisa, e olha só o que achei... 
Vale a pena ler...


- 7 são as virtudes: Fé, Esperança, Caridade, Prudência, Justiça, Força e Temperança.


- 7 são os pecados capitais: Soberba, Ira, Inveja, Luxúria, Gula, Avareza e Preguiça.
- 7 são os sacramentos da Igreja Católica: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio.
- 7 são as Obras de Misericórdia: Dar de comer, beber e vestir, dar pousada, assistir os enfermos, visitar os presos e cuidar dos que partem pela morte
- 7 são os braços do candelabro judeu. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços indicando os sete dias da criação.
- 7 são as notas musicais com 7 escalas, 7 pausas e 7 valores.
- São 7 as cores do Arco-Íris.
- 7 foram as pragas do Egito.
- No sonho do Faraó Egípcio (ver Bíblia) tinha 7 vacas gordas, 7 vacas magras, 7 espigas cheias, 7 espigas vazias. José decifrou o sonho como 7 anos de fartura e 7 anos de seca.
- São 7 os Arcanjos: Miguel, Jofiel, Samuel, Gabriel, Rafael, Uriel e Ezequiel.
- 7 são as Leis Universais: Natureza, Harmonia, Correspondência, Evolução, Polaridade, Manifestação e Amor.
- 7 são os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Força, Ciência, Piedade e Temor a Deus.
- São 7 as glândulas endócrinas: Hipófise, Tiróide, Paratireóides, Supra-renais, Sexuais, Timo e Pâncreas.
- São 7 os nossos chacras :Básico, Esplênico, Umbilical, Cardíaco, Laríngeo, Frontal e Coronário.
- 7 são os grandes mensageiros: Krisna, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Zoroastro ou Zaratustra, Moisés e Jesus.
- 7 são as personalidades de Deus (segundo Zoroastro): Luz Eterna, Omnisciência, Retidão, Poder, Piedade, Benevolência e Vida Eterna.
- 7 meios tem o homem para se tornar puro (segundo o Budismo) : Domínio de si mesmo, Investigar a verdade, Energia, Alegria, Serenidade, Concentração e Magnanimidade.
- 7 são as virtudes: Humildade, Liberdade, Castidade, Paciência, Abstinência, Caridade e Diligência.
- 7 são as Obras de Misericórdia Espiritual: Dar um Bom Conselho, Instruir os Menos Esclarecidos, Corrigir os que Erram, Consolar os Aflitos, Perdoar as Injúrias, Suportar Pacientemente as Fraquezas do Próximo e Rezar pelos vivos e Falecidos.
- A Lua tem 4 fases de 7 dias cada.
- No Apocalipse de São João encontramos: 7 Estrelas, 7 Igrejas, 7 Cornos, 7 Selos, 7 Candelabros, 7 Anjos, 7 Trombetas, 7 Coroas, 7 Trovões e 7 Taças.
-70 x 7 é a conta do perdão.
- A criação do mundo 6+1 dias= 7.
- 7 São os dias da semana.
Deni Píàia

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Sensações

A fluidez das minhas vestes
Nada mostram.
Apenas revelam
Que existem pernas,
Que se sentem acariciadas
Pela maciez do tecido
Que as roçam levemente
Num breve caminhar.

Lilia Maria

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Reflexos

Quando olho o espelho,
E vejo aquela senhora,
A imagem reflete uma história
Que conheço do começo ao fim.
A pele vincou,
O sorriso amareleceu,
O cabelo embranqueceu,
O brilho do olhar quase apagou...
Sinais dos tempos...
Mas a vontade de viver,
De passar por novas aventuras,
Permanece latente.
Vamos lá!
Lave o rosto,
Penteie os cabelos e saia para a vida
Antes que a vida saia de você.


Lilia Maria

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Tão Triste...

Não era cego,
Mas só via,
Não enxergava...
E nesta cegueira calculada,
Vivia amaldiçoando a vida
Que nem era de todo ruim.
Meu Deus!
Que sejamos luz
Em trevas iluminadas.
Tenha piedade de nós
Que caminhamos junto
Com cegos da alma,
Com cegos de coração.


Lilia Maria