quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Falando de rádio - Gran finale


No dia 24 pp , o grupo da Estação Memória teve seu tão esperado encontro com os alunos da Termomecânica (CEFSA). Em pauta neste ano, as memórias do rádio. 
Ao final, como acontece todos os anos, e como bem disse a nossa coordenadora, Profa. Ivete Pieruccini, ousamos interpretar um pot-pourri de canções que marcaram época. Foram poucas, apenas quatro, mas o resultado foi muito bom.

Antes de iniciar a apresentação, a nossa colega Berenice Bizarro, leu o texto por ela produzido com revisão da colega Elzira Arantes. Além de algumas informação sobre o radio no Brasil, o texto falava das músicas que seriam interpretadas. 




Segue o texto na integra:


O rádio teve muitos pais, até  UM BRASILEIRO: o gaú Padre Roberto Landell, que fez em São Paulo, em 1893, uma transmissão da voz humana via telégrafo – da Avenida Paulista até Santana. Contudo, foi o italiano Marconi quem registrou a patente sobre o rádio, em1896, ficando mundialmente conhecido como seu inventor.
O rádio no Brasil teve sua época de ouro entre 1930 e 1940, como único meio de oferecer informação e entretenimento – com notícias, divulgação de músicas, transmissões de futebol, programas humorísticos e muito mais. Entre as músicas nacionais e estrangeiras, sobressaíam as marchinhas de carnaval, cujo sucesso resultava em prêmios para seus autores e cantores. "Linda Morena" foi composta por Lamartine Babo, em 1932. No ano seguinte Braguinha, outro grande compositor deu a divertida resposta com a marchinha "Linda Lourinha". Eles brincavam com uma suposta e simpática rivalidade entre loiras e morenas. Até se dizia: "os homens preferem as loiras, mas se casam com as morenas!". Ambos compuseram muitas outras marchinhas de carnaval e juntos criaram “As cantoras do rádio”, em 1936, que se transformou em verdadeiro hino das cantoras cujo trabalho era divulgado principalmente pelo rádio. 

Lamartine, bem humorado e brincalhão, trabalhou no rádio e é autor de muitas marchinhas, tendo feito também os hinos de vários clubes de futebol, como Botafogo, América-RJ, Vasco, Flamengo e Fluminense. Braguinha, conhecido também como João de Barro, adotou esses pseudônimos para não usar o nome da família, que seu pai não queria ver associado ao ambiente da música popular, muito mal visto na época. Entre suas muitas produções, a marchinha “Chiquita bacana”, de 1949, foi imortalizada pela sensacional Carmen Miranda.

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