Sou viajante neste mundo de Deus,
Sou a concha pedida na areia,
Sou o ponto sem final.
Busco o porto para atracar,
A onda para voltar ao mar,
A frase para acabar.
Vim com o vento,
Na poeira que ele levantou
Nos lugares por onde passou.
Volto envolta na névoa
Que escurece o sol da manhã
E se desfaz no calor o dia.
Vou contente ao encontro da vida,
Do pulsar da emoção contida
No tropeço que não pude evitar.
Estou latente na calma aparente
Que um dia tende a acabar
Neste meu suave caminhar.
Lilia Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário