quinta-feira, 22 de março de 2012

Campeonato de aviãozinho de papel

Saiu na Folha de São Paulo hoje:
Alunos da Poli se enfrentam em campeonato de aviãozinho de papel
LUCCA ROSSI
DE SÃO PAULO
Aviãozinho de papel não é só brincadeira de criança. Para 80 universitários brasileiros é também o objeto de uma competição que envolve conceitos da física.
Eles se reuniram ontem na FAU-USP para uma das seletivas da terceira edição do "Red Bull Paper Wing", o campeonato mundial da "categoria", que ocorre nos dias 4 e 5 de maio em Salzburg, na Áustria.
E se depender de tradição, o Brasil pode ir confiante para a final deste ano. Nas edições anteriores, dois brasileiros terminaram como os melhores em tempo de voo.
Campeão em 2009, o estudante de engenharia de materiais da Poli-USP Leonard Ang, 31, conseguiu fazer seu avião voar por 11s70.
Fauto Victorelle, 22, também da Poli (do curso de engenharia química) foi o recordista de tempo de ontem. Já no quesito distância, Carlos Spegiorina, 21, da mesma faculdade, foi o melhor.
Neste ano são 29 seletivas em universidades do país. Depois da última, no próximo dia 30, serão conhecidos dois dos brasileiros que vão para a final na Áustria.
Ang já tem vaga garantida em Salzburg. "O avião de papel é uma miniatura de um real, precisa seguir conceitos da física, como a aerodinâmica", diz.
Após o evento, estudantes da FAU contestaram no Facebook o local de sua realização: a competição dividiu espaço com uma exposição sobre o hidroanel metropolitano, projeto do governo de SP.
Segundo a faculdade, o professor Alexandre Delijaicov, responsável pela exposição, foi consultado e as medidas de segurança foram tomadas. 
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Antiga postagem no blog Folhas Soltas:

USP - ô paixão!!!
 em 29/05/09

Hoje (ontem) fui andar pela USP. Normalmente entro pelo portão da Av. Escola Politécnica, mas hoje precisei passar pelo portão principal. Aí dei de cara com o Centro de Informações. Não sei se ele está em reforma ou se é só a calçada, mas me pareceu saído dos escombros de uma guerra. Quantas lembranças boas! Quantos finais de tarde passados com o Fernando, um estudante de Geografia que trabalhava ali! Na verdade eram dois funcionários, ele e a Fany, mas ela só ficava até o meio da tarde. Não me lembro como os conheci, mas acabamos ficando muito amigos. Aprendi toda a sistemática do atendimento. Acho que foi a primeira vez que trabalhei com geoinformação. A maioria dos atendimentos consistia em desenhar o caminho da entrada do Campus até a unidade a ser visitada em um mapa pré-impresso. Como eu conhecia a USP como a palma da minha mão, era fácil e diversas vezes eu os ajudei no serviço. E não foi só de brincadeira não! Lembro-me que na posse do Prof. Dr. Waldyr Muniz Oliva como reitor fui “convocada” para ajudar a encaminhar os convidados para o Anfiteatro. Um pouco antes de encerrarmos o atendimento, de repente, entra nada mais, nada menos que o Antonio Fagundes. Ele estava perdido. Havia uma filmagem na Raia olímpica e ele não estava conseguindo localizar a equipe. Uau! Quase que me ofereci para levá-lo, mas eu não podia. Estava convidada para a festa da posse e tinha que ir sob pena de perder a amiga (Laurinha, filha do Dr. Waldyr, hoje minha comadre). Eu estava atendendo a celebridade quando entra um bando de crianças, todos meio sobrinhos do dono da festa. Quase que a festa mudou para o Centro de Informações! Eu sei dizer que o Fafá perdeu mais ou menos uma meia hora dando autógrafos. Quando a coisa acalmou, ele agradeceu muito o atendimento e me deu dois convites para vê-lo no teatro.
Mas, a melhor história mesmo aconteceu quando eu descobri que jogar aviãozinho de papel dentro daquele espaço maravilhoso era o máximo. Por ser protegido do vento e talvez pela amplitude e altura do salão, os aviõezinhos descreviam trajetórias incríveis! O Fernando e eu, quando estávamos sem fazer nada, fazíamos verdadeiros campeonatos de acrobacias com as nossas dobraduras de papel. Um dia, estávamos no meio de uma dessas competições quando entrou um senhor todo de terno e gravata perguntando como fazia para chegar à reitoria. O Fernando embranqueceu... Se houvesse reclamação ele perdia o emprego... Aí eu, toda espevitada (normalmente sou tímida, mas se é preciso me transformo...) perguntei para a figura se ele era engenheiro. “Não, senhorita, sou advogado”. Aí eu retruquei: “Que pena! Estou tentando melhorar a aerodinâmica dos aviõezinhos para um trabalho da escola. Se o senhor fosse engenheiro poderia me ajudar na tarefa”. Ele deu risada e me ensinou a fazer um modelo diferente! Ufa! Meu amigo estava salvo!
A USP como um todo sempre foi a minha segunda casa. Ou o quintal da minha casa, como sempre falo. E é bem isso! Lá eu já brinquei, corri, andei de bicicleta, namorei e vivi histórias que jamais irei esquecer.

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Qualquer semalhança é mera coincidência, mas a idéia não é nova, não é?

Lilia Maria



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