Vejo a mulher de brancos cabelos,
Braços flácidos,
Pernas doídas.
Envelheci.
Sempre me dei conta
Que era o tempo passando depressa.
Depressa demais para os sonhos
Que um dia deixei para trás.
Hoje o sopro de luz desponta,
E me faz olhar para frente,
Para os sonhos que hão de vir.
Os cabelos continuarão brancos,
Os braços terão a mesma flacidez,
As pernas ainda doerão,
Mas os sonhos...
Ah! Os sonhos!
Estes se renovarão.
Não é mais só o passado para lembrar,
Mas o futuro para sonhar.
Lilia Maria
Vem Leo, vem...
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