sábado, 23 de novembro de 2013

Tempo de paz

Chega um tempo
Que é preciso libertar emoções,
Abrir aquele baú trancado
No sótão das memórias
E viver cada uma,
Sem medo dos pudores
E de auto recriminações.

Chega um tempo
Que a vida é só agora,
Que o passado pede passagem,
Que o futuro é apenas o instante seguinte
Daquele que o relógio marcou.

Chega um tempo
Que a colheita é uma ordem,
Sob pena de perder de uma vez
O pouco que ainda restou
Daqueles risos inocentes,
Dos sonhos que ficaram a esperar
A hora de se realizar.

Chega um tempo
Que a felicidade é o que fica
Dos passos já caminhados,
Seja qual foi o rumo dado,
Seja qual foi o rincão alcançado
Para a vida terminar.


Lilia Maria

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