domingo, 15 de setembro de 2013

Somos maus atores

Não era preciso palco,
Nem plateia para aplaudir,
Cada papel era bem representado
Pelo ator que estava ali.
Um era o apaixonado,
O outro, o bem nascido,
Tinha um personagem tosco,
Que insistia em transgredir.
Palavras faladas,
Gestos estudados,
Uma farsa digna de Gil*.
Pena que no fim do primeiro ato
Descobriu-se que era de fato
A vida imitando a arte,
Um auto quase medieval,
Que por pouco não vira tragédia,
Tragédia da vida real.

Lilia Maria
*Gil Vicente

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