quinta-feira, 7 de junho de 2012

Trovejando


Não há luz que alumie
Esta grande escuridão
Que ficou a minha vida
Depois do apagão.
Apagou-se o meu sorriso
Apagou-se a paixão
Apagou-se a lua cheia
Que morava no meu coração.
Vou ficando por aqui
Antes que o raio vire trovão.
Ainda há brasas no braseiro
Só precisa de um assoprão.
Vai que bate a ventania
Que varre tudo que encontra,
E me tire da calmaria
Pra que eu volte a brilhar...
Sempre resta a esperança,
E esta é o que vai me arrastar
Até o fim da minha vida,
Enquanto o sangue na veia pulsar.

Lilia Maria


Trovejar foi inventado pra dizer que faço trova, bem quadrada, toda rimada, pra contar o que vai passando.

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