quinta-feira, 12 de abril de 2012

Carência


Onde estão os meus sonhos?
Esquecidos,
Esmaecidos,
Desvanecidos,
Mortos?

Para onde foram as confidências
Que davam alento
À esperança,
Aos devaneios,
Ao amor?

Quando sinto as areias da vida
Escorrerem entre meus dedos,
Tenho vontade de fechá-los
E estancar o sangramento,
Mas me sinto paralisada.

Se os sonhos morreram,
Eu estou viva.
Se as esperanças se foram,
Novos tempos vão chegar.
Não tenho pressa,
A eternidade se alcança devagar.

Lilia Maria

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