segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O amor e a geometria

O amor, por garantia,
Fez sua própria geometria,
Que eu procuro compreender.


Ela não é Euclidiana,
Pois as paralelas se encontram,
Assim, de repente,
E nem é no infinito.
Pode ser em um dia bonito,
De sol de quente de verão,
Na rua, no bar, no portão,
Onde quer que possa
Uma história de amor nascer.

De dois pontos sobrepostos,
Outros  tantos vão nascer,
Um prole, uma família,
Em linhas retas ou curvas.
No mesmo plano são polígonos,
Ângulos, círculos,
Em outros, viram esferas,
Pirâmides, cones,
Figuras estapafúrdias,
Que não se tem como descrever,
Mas sempre convergem para a origem,
Seja lá onde viver.

O amor em sua geometria
Pode ter ou não solução,
Pode ser simples como cubo,
Ou complexo como a flecha que se atira
Esperando acertar o alvo
Bem no meio de um coração.

Lilia Maria

Nenhum comentário:

Postar um comentário