quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Espaço público

 A janelas sempre abertas
Deixavam tudo entrar,
O sol, o vento, a poeira,
Perfume da chuva,
Algumas gotas de água,
Que mal dava para molhar.
Entrava o pernilongo,
A abelha,
A mariposa preta
Procurando onde pousar.
Entrava barulho,
Uma música longínqua,
Uma doce melodia a encantar.
E de tanto entrar tantas coisas,
Coisas que às vezes não se podia ver,
Virou quase espaço público,
Para aquilo que não se quer guardar.

Lilia Maria

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