segunda-feira, 28 de maio de 2012

Chantecler

Je suis Chantecler.
Mon histoire est très triste!
Je croyais que mon chant faisait lever le soleil.
Um jour, je me suis endormi.
Les heures passèrent.
Le matin arriva.
Et je dormais toujours.
Tout à coup, j’ouvris les yeux.
Le soleil brillait déjà dans le ciel.
Il faisait clair.
Le soleil s’était levé sans moi!
Quelle disillusion!
Quelle tristesse!
Desconheço o autor

Sou de um tempo que tínhamos que aprender francês e inglês na escola. Consegui por pouco escapar do latim, o que não sei se foi alguma vantagem.
Chantecler, a história do galo que se achava o centro do mundo, ilustrava uma das lições do meu livro de francês. Muito bem decorada, assim como "L'automne" de Victor Hugo, eu vivia declamando entusiasmada. 
Há algum tempo isto foi lembrado em uma conversa no MSN com a minha prima Silvana. Na época ela morava em Fortaleza. Falávamos do meu lado poetisa quando ela de repente escreveu "Chantecler". Nossa... Foi uma viagem no tempo. Postei o poema e um pouco da nossa história que transcrevo aqui.

Eu morava na Vila Buarque e ela no Pari. Os finais de semana, sempre que podíamos, passávamos juntas. Domingo era dia de matinê. Não dispensávamos assistir um bom filme num dos cinemas do centro.
Quando fui morar no Sumaré, ela sempre vinha para a minha casa, e com isso ela acabou conhecendo a maioria dos meus amigos. Eram festas, bailinhos de garagem, missa no Colégio Anchietanun, e tudo mais que a turminha de jovens curtia naquela época. Quando estávamos um pouco mais velhas, ganhamos alvará para viajarmos sozinhas para São Carlos para visitar nossos avós.
Mal colocávamos as malas no quarto já etávamos sasaricando pela cidade. Ô época boa... Antes, ir para o interior dependía da disponibilidade dos nossos pais, agora tinha ficado muito mais fácil. A vida então era uma festa.
Tenho até hoje guardadas inúmeras cartas que ela me escreveu quando fui estudar na EESC. Nossas vidas acabaram tomando rumos diferentes. Casamos, descasamos, ela tornou a se casar, mudou de estado, mas sempre continuou querida, confidente, conselheira...


Agora pouco vi no Facebook uma mensagem da minha amiga de longa data, Jurema Barbi, em fracês, língua que ela vive exercitando por conta de ter uma netinha francesa que não fala português. Imediatamente lembrei do poema e da postagem antiga que havia sido feita no meu blog anterior.
Para terminar, transcrevo também a frase que encerrou a antiga postagem:

Quando a amizade é verdadeira, nada faz com que ela se acabe.
 
Lilia Maria

16 comentários:

  1. Pois é, eu também sou de um tempo em que a gente estudava muito francês no colégio. Uns cinquenta anos depois ainda me lembrava do chantecler mas faltavam umas 3 linhas. Estava procurando no google e achei aqui no seu blog. Adorei. Obrigada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quase um ano depois vi seu comentário.
      Obrigada pela visita e pelo comentário.
      Abs

      Lilia

      Excluir
    2. Que bom relembrar! Tb aprendi essa poesia no ginásio.
      Obrigada por postar

      Excluir
  2. Obrigado pelo poema, andei procurando sem encontrá-lo, me lembro dele de quando era criança .
    Murilo

    ResponderExcluir
  3. Me lembro desse poema! Também o aprendi na escola! Que saudade!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelo comentário.
      Pena que nos tempos atuais não se ensina mais o francês na escola. Foi muito útil para mim.

      Excluir
    2. Também aprendi naqueles tempos...nossa! Hoje recordei com emoção...

      Excluir
    3. Eu sempre me emociono quando alguma coisa abre a janela deste passado tão distante. Obrigada pela visita.

      Excluir
  4. Eu também, os colegas destestavam o idioma e a professora que nos fez decorar o poema e e apresentar em aula. Eu, que já tinha estudado francês em outra escola, só tirava notoes e até hoje adoro a história francesa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelo comentário. Tenho um caso de amor com a França. Um dia ainda vou passar uns tempos por lá para aprender direito esta língua que eu gosto tanto. Abs

      Excluir
  5. Chantecler... Sempre na lembrança. Segundo ou terceiro ginasial, há uns 55 anos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. somos contemporâneos, na minha escola estudávamos francês no 1º e 2º ginasial. Chantecler entrou na minha vida nesta época. Doces lembranças...
      Obrigada por comentar.

      Excluir
  6. Hoje eu me lembrei da poesia mas somente os triquestroques primeiros versos e busquei no Google e cheguei aqui. Só que lembrava um pouco diferente: Je suis Chantecler.
    Mon histoire est très triste!
    Je croyais que le soleil n’ elevée pas son móis
    Um jour, je me suis endormi.

    ResponderExcluir
  7. Que viagem. Obrigada por compartilhar. Deus lhe abençoe

    ResponderExcluir
  8. Estava procurando este poema de meu tempo de ginásio.Decorei este e outros.Deste não lembrava mas de outro sim,ficcou para sempre gravado em minha memória: Quand trois poules sans von aux champ,la première vá devant,la deuxieme suit la première,la trosiéme va a dèrniere! Claro,fazem cinquenta anos,o francês está errado,mas o verso é esse mesmo.Obrigado pela lembrança!

    ResponderExcluir