Vejo minha filha sentada no chão e, reinando em torno dela, meu netinho. Meu coração se enche de amor. Lembranças longínquas afloram. Me emociono com a cena e as lembranças. Mas os olhos permanecem secos. Eu não era assim…
Sons e imagens se misturam. O velho e o novo. O passado distante e o presente real.
Antes, eu conseguia colocar para fora todo o sentimento que brotava das entranhas. A vida endureceu os braços que anseiam por calorosos abraços. O coração ainda tem amor incondicional, mas tenho medo de me expor.
Devagar vou soltando as amarras.
Um dia ainda volto a verter lágrimas que escorrerão pelas faces vincadas pelo tempo. Não serão lágrimas tristes, mas de felicidade, de amor, de paixão.
Lilia Maria
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