Era pura,
Era cantiga antiga,
Era canto de ninar.
Tinha rima,
Tinha refrão.
Era meu verso,
A minha lira,
O meu hino,
O meu diapasão.
E me cabia como a luva,
E me cobria como um véu,
Era meu tudo,
Era meu nada,
Minha história,
Meu ocaso.
Mas hoje,
Já não tenho voz para cantar.
Lilia Maria
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