Quanto silêncio nesta casa!
Parece uma igreja vazia
Depois da missa do dia,
De portas fechadas,
Sem luz,
Sem oração.
Quanto silêncio nesta casa!
Enquanto todos dormem
O sono dos bons
E dos justos,
Mantenho os olhos abertos
Cuidando do meu quinhão.
Quanto silêncio nesta casa!
E ao me ver assim sozinha
Tenho saudades da juventude,
Dos sonhos,
Das paixões perseguidas
Que alimentavam a ilusão.
Quanto silêncio nesta casa!
Já nem sei se tenho voz
Ou se emudeci,
Se as palavras esqueci,
Se continuo aqui
Enquanto a vida segue em vão.
Quanto silêncio nesta casa!
Preciso quebra-lo enquanto posso,
Preciso sair deste marasmo.
Que faço então?
Abro portas e janelas,
E ligo a televisão.
Ah! Este barulho!
Tem música,
Gente falando,
Carros buzinam na esquina,
E até me parece poesia
O barulho do avião.
Lilia Maria
Parece uma igreja vazia
Depois da missa do dia,
De portas fechadas,
Sem luz,
Sem oração.
Quanto silêncio nesta casa!
Enquanto todos dormem
O sono dos bons
E dos justos,
Mantenho os olhos abertos
Cuidando do meu quinhão.
Quanto silêncio nesta casa!
E ao me ver assim sozinha
Tenho saudades da juventude,
Dos sonhos,
Das paixões perseguidas
Que alimentavam a ilusão.
Quanto silêncio nesta casa!
Já nem sei se tenho voz
Ou se emudeci,
Se as palavras esqueci,
Se continuo aqui
Enquanto a vida segue em vão.
Quanto silêncio nesta casa!
Preciso quebra-lo enquanto posso,
Preciso sair deste marasmo.
Que faço então?
Abro portas e janelas,
E ligo a televisão.
Ah! Este barulho!
Tem música,
Gente falando,
Carros buzinam na esquina,
E até me parece poesia
O barulho do avião.
Lilia Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário