Sou a gota,
O grão de areia,
O espinho da roseira.
Sou a vogal,
O agá mudo,
O ponto sem final.
Sou o conto,
A poesia,
A página do jornal.
Sou apenas um pedaço
Que passou despercebido
Pelo crivo da censura.
Lilia Maria
Quem lê esta poesia logo vai pensar: coitada, está deprimida... Mas analisa comigo: uma gota pode fazer a água do copo entornar, o grão de areia pode incomodar muito dentro de um sapato, o espinho da roseira pode até machucar.
A vogal... O resto, fica por conta do leitor...
O grão de areia,
O espinho da roseira.
Sou a vogal,
O agá mudo,
O ponto sem final.
Sou o conto,
A poesia,
A página do jornal.
Sou apenas um pedaço
Que passou despercebido
Pelo crivo da censura.
Lilia Maria
Quem lê esta poesia logo vai pensar: coitada, está deprimida... Mas analisa comigo: uma gota pode fazer a água do copo entornar, o grão de areia pode incomodar muito dentro de um sapato, o espinho da roseira pode até machucar.
A vogal... O resto, fica por conta do leitor...