O mesmo sorriso da menina
Que ela foi um dia,
Está presente na mulher
Que vejo na fotografia.
Fico aqui imaginando
Quanto ainda permanece
Da minha companheira das brincadeiras,
Dos segredos adolescentes,
Da nossa meninice.
O bom não é só lembrar o passado,
Mas pensar como será o futuro
Que poderei compartilhar
Com uma amiga do coração.
Lilia Maria
Se me perguntarem quando foi que eu prestei atenção naquela menina
magrinha que tomava ônibus (ou bonde) comigo para ir ao colégio, não saberei
precisar, mas ela se tornou minha amiga inseparável por um longo tempo.
Era mais nova que eu, e enquanto eu estava na 2ª série do
ginásio, ela estava na 1ª. Era só ter uma aulinha vaga que lá ia eu pedir para
assistir aula com ela. Íamos juntas, estávamos sempre juntas na hora do recreio
e voltávamos juntas para casa.
Tínhamos algumas coisas em comum, entre elas o desejo de
estudar medicina. Ela assim o fez e eu, infelizmente, acabei cursando
Matemática.
Depois de dois anos e meio morando em São Carlos, quando
retornei a São Paulo, ela já havia ido para o Rio de Janeiro fazer sua
graduação na Ilha do Fundão. Ainda trocamos algumas correspondências, e
voltamos a nos encontrar pouco antes do meu casamento. E só.
Nunca a esqueci. Guardei fotos e fatos, coisas gostosas de
lembrar.
Agora, quando o cibermundo fica cada vez mais presente, não
é que eu voltei a encontrar a minha amiga querida? Espero que desta vez seja
para sempre. Amém.
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