Que braços se abrirão
Para acolher este anjo
Que viu negado o direito
De continuar a jornada
Neste mundo e entre nós?
Como dizer esta criantura
Que acabaram-se os sonhos,
E que as esperanças se esvaíram
Por entre os dedos
Que estavam a segurá-la?
Como explico a ela,
Que o amanhã não virá,
Que o dia não amanhecerá,
Que a flor não desabrachará,
Que o livro se fechará?
Como eu digo?
Não, não há o que dizer.
Somos impotentes
Diante da vontade maior
Que a roda da vida impõe.
Lilia Maria
A primeira versão deste poema foi escrito há muito tempo para ilustrar uma palestra da minha amiga psicóloga Sandra Cardoso. Ela iria falar sobre crianças com câncer.
Para acolher este anjo
Que viu negado o direito
De continuar a jornada
Neste mundo e entre nós?
Como dizer esta criantura
Que acabaram-se os sonhos,
E que as esperanças se esvaíram
Por entre os dedos
Que estavam a segurá-la?
Como explico a ela,
Que o amanhã não virá,
Que o dia não amanhecerá,
Que a flor não desabrachará,
Que o livro se fechará?
Como eu digo?
Não, não há o que dizer.
Somos impotentes
Diante da vontade maior
Que a roda da vida impõe.
Lilia Maria
A primeira versão deste poema foi escrito há muito tempo para ilustrar uma palestra da minha amiga psicóloga Sandra Cardoso. Ela iria falar sobre crianças com câncer.
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