Dentro da Matemática nada me encantou mais do que estudar
alguns paradoxos. Até hoje eles me fazem pensar, viajar, voar. Eu voo alto! Matemática sempre me inspira. Ela é a minha pinga, meu norte, meu pão.
Mas
vamos ver os paradoxos que eram os maiores alvos do meu encanto. Claro que vou
contar uma historinha para exemplificá-los.
Imagine aquele arqueiro que
protagonizou o momento mágico da Olimpíada de Barcelona, acendendo a pira
olímpica disparando uma fecha incandesceste em direção a ela. Será que ele
realmente conseguiu acendê-la? Muita gente diz que não, que tudo não passou de
uma grande encenação, etc., etc.
Se analisarmos a situação, podemos pensar
que, para atingir o alvo, a flecha deve passar pelo ponto que determina a metade
da distância entre o arco e o alvo. Assim que a flecha atinja este ponto, ela
terá que atingir o ponto que determina a metade da distância entre o ponto
anterior e o alvo. Sucessivamente, a flecha sempre deverá vencer a metade do
ponto onde se encontra e o alvo. Desta forma sempre haverá uma “metade” de
distância a percorrer, portanto o alvo nunca será atingido.
Podemos partir
também de outra hipótese, esta com relação ao tempo. O tempo é uma sucessão de
instantes, certo? Se olharmos a flecha em cada instante, como se estivéssemos
fotografando, dentro de cada instante ela estará parada, certo? Se ela está
parada em cada instante, então ela não se movimenta, e se ela não se movimenta,
não atinge o alvo.
Meio maluco, n’é?
O doidinho que pensava estas coisas
era o filósofo grego, Zenon, nascido na cidade de Eléia e que viveu entre 490 e
430 A.C.
Lilia Maria
Este texto foi escrito há muito tempo. Hoje ele foi editado e repostado.